quinta-feira, 12 de abril de 2012

Jaques Wagner sanciona lei antibaixaria


Lei proíbe uso de recursos públicos para contratação de artistas que cantem músicas ofensivas
Lei proíbe uso de recursos públicos para contratação de artistas que cantem músicas ofensivas
SALVADOR – A lei antibaixaria, aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia no dia 27 de março, foi sancionada nessa quarta-feira (11) pelo governador Jaques Wagner (PT). A lei proíbe a utilização de recursos públicos para contratação de artistas que cantem músicas ofensivas às mulheres e homossexuais. Embora tenha sido elaborada pela deputada estadual Luiza Maia (PT) para combater as músicas de pagodeiros baianos, cujas letras depreciam principalmente as mulheres, a lei pega também obras consagradas da MPB.
Isso significa que, por exemplo, a obra “Geni e o Zepellin”, da Ópera do Malandro,  de Chico Buarque de Hollanda, não poderá ser interpretada pelo cantor, que faz show na capital baiana em maio, caso feche algum contrato de patrocínio com o Governo do Estado. A lei prevê uma multa de 50% do cachê do artista que assinar um contrato de patrocínio com o Estado e cantar música considerada ofensiva. Apesar de ter sido sancionada, o governo ainda não divulgou como a fiscalização da censura será efetivada. O que se especula é que uma comissão a ser criada terá essa função.
Antes mesmo da lei antibaixaria ser aprovada, a deputada Luiza Maia já vinha atuando para “coibir” o que considerava excessos. Em dezembro do ano passado ela determinou um corte de 30% no cachê do cantor Luiz Caldas pelo fato dele ter cantado “Fricote”, uma das músicas-símbolo da axé music, num show patrocinado pela prefeitura de Camaçari. Maia é mulher do prefeito de Camaçari, o petista Luiz Caetano.

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